Como funciona a internação para dependentes químicos menores de idade?
30/12/2022

O Estatuto da Criança e do Adolescente é responsável pela proteção dos direitos dos menores, incluindo o tratamento ao menor dependente químico.
O direito universal à saúde também garante que o dependente receba uma assistência humanizada, integral e continuada.
Se um menor está passando por esse problema, uma das soluções mais eficazes para o tratamento da dependência química é a internação em clínicas de reabilitação.
O primeiro passo é reconhecer que o menor tem a doença, e o processo será mais fácil e efetivo se o paciente decidir voluntariamente ser internado.
No caso dos menores de idade, muitas vezes a iniciativa parte dos familiares, quando ele já apresenta risco à própria vida e também a dos outros.
É muito importante o apoio da família nessas horas, principalmente para que o jovem se sinta acolhido e não julgado e condenado, para que assim tenha uma melhor adesão ao tratamento.
Estrutura e recursos
O principal objetivo da internação é oferecer um lugar seguro e preparado para reabilitação do dependente químico, e oferecer os recursos necessários para o processo, como assistência psicológica e medicamentos.
O objetivo principal aqui vai além de apenas livrar o menor das drogas e sim integrá-lo à sociedade.
Existem muitas clínicas gratuitas e particulares, por isso é importante fazer uma pesquisa para escolher uma que esteja preparada para lidar de maneira eficaz, com um paciente menor de idade.
O local deve ter uma boa estrutura, recursos físicos e uma equipe qualificada.
Abstinência e acompanhamento psicológico
Todo processo de reabilitação passa por estágios e o primeiro deles é a desintoxicação.
O dependente químico cria uma relação de submissão com a droga por aspectos físicos e psicológicos, e essa desintoxicação trata exatamente da dependência física, que abrange a abstinência quando a droga deixa de ser consumida no organismo.
É uma fase muito difícil, pois os efeitos incluem um mal-estar generalizado, agitação, tremores, vômitos, náuseas, sentimento de morte e perseguição, e até alucinações.
O paciente fica muito debilitado e precisa de todo um cuidado e acompanhamento profissional para se recuperar.
Os medicamentos nessa fase são administrados pelo médico para redução dos efeitos da abstinência em doses progressivas até que o paciente esteja realmente “limpo” das drogas, sem muito sofrimento.
Em seguida vem o tratamento psicológico e emocional que é fundamental em qualquer fase de tratamento da dependência química.
O paciente passa a ter um acompanhamento psicológico regular e obrigatório, além de um momento de terapia em grupo e também praticam algumas atividades, como trabalhos relacionados à jardinagem, arte e esportes.
Esses momentos recreativos, incluindo momentos de conscientização sobre as drogas, dependência e recaídas fazem bastante diferença no tratamento em si, pois deixam todo o processo mais leve e dinâmico.
Aqui, os familiares já podem visitar o paciente para restabelecer os laços e vínculos que provavelmente foram fragilizados pelo vício.
Inclusive o suporte familiar nessas horas serve como impulso para que o jovem continue progredindo em seu tratamento e aos poucos os menores vão recuperando o sentido da vida, os valores que se perderam nas drogas e voltam a sonhar e fazer planos para o futuro.
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